Segundo dados da OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e tem a maior taxa de depressão da América Latina. Dados tristes, mas que alertam sobre a necessidade de cuidados com a saúde mental.
A pandemia causada pelo novo coronavírus foi responsável por muitos danos à saúde física das pessoas, mas também não deixou para trás a saúde mental. A quarentena e o pavor causados por um vírus deixaram as pessoas ainda mais ansiosas e depressivas.
Um dos pontos positivos dessa triste realidade que vivemos em 2020 foi o holofote que a saúde mental ganhou nos últimos meses. Ainda negligenciada e um tabu para muitos, nesse momento de tantas mudanças, várias pessoas e empresas começaram a discutir mais o assunto.
Burnout, estresse, ansiedade e depressão: problemas de muitos anos!
Todos esses problemas de saúde mental já existiam antes da pandemia, mas não podemos negar que se intensificaram.
Nem sempre as pessoas que sofrem com tudo isso têm consciência de que estão enfrentando uma doença. Por isso, quando nos deparamos com alguém que está vivenciando uma questão de saúde mental, não adianta minimizarmos o problema e simplesmente falarmos para mudarem como agem e são.
Na maioria dos casos, é necessária a ajuda especializada de psicólogos e psiquiatras. Mas, para dar esse primeiro passo e buscar ajuda, primeiro é necessário tomar consciência de que existe um problema. Sair do looping sozinho não é fácil, por isso, quanto mais falarmos sobre o assunto, mais as pessoas tomarão consciência de que precisam de auxílio.
E nós, como seres humanos, temos sempre o dever de ajudar o próximo. Ao longo da vida, sempre vamos precisar do outro e de ajuda. Não importa se você está em uma fase incrível ou devastadora, o outro sempre se faz necessário.
Aceitar a dor é um dos caminhos para superá-la
Nem sempre queremos, mas é necessário encarar a dor na sua totalidade. Sabe aquele momento em que você é demitido e acha que nunca mais vai se recuperar? Eu estive nesse lugar há alguns anos.
Vivi o meu luto e olhei de frente a minha sombria dor, mas em algum momento precisei me abrir para agir em direção às novas possibilidades.
A depressão, ansiedade e muitas outras questões que envolvem a nossa saúde mental acabam ganhando espaço porque nem sempre conseguimos agir depois de um baque muito forte.
O que eu aprendi ao longo dos anos é que, muitas vezes, a dor é necessária. Precisamos dela para crescer e evoluir. Posso dizer por mim mesma que tudo o que passei em relação à minha demissão foi válido para chegar até aqui e entender a dor que as pessoas também sentem quando são demitidas.
Hoje, me sinto mais forte e preparada para orientar clientes que passaram por isso também. Mas só cheguei onde estou agora porque transformei a minha vida em movimento.
Não se deixar dominar por aquilo que causa tristeza, ansiedade e infelicidade é essencial para não sucumbir ao desespero. Não sou psicóloga nem psiquiatra, mas sou uma mulher com mais de 50 anos de experiências de vida.
Gosto de usar essas experiências para compartilhar o que aprendi até então. É assim que me mantenho em movimento e evito que a dor me domine por inteiro nos momentos difíceis. E isso me ajuda a me conectar de verdade com os meus clientes, amigos e familiares. Por isso, hoje, quero te convidar para se colocar em movimento. Vamos juntos?