Nem todos os caminhos levam a Roma

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Já trabalhei em – e com – muitas empresas, ao longo de minha vida profissional. Aliás, continuo trabalhando. Vi muitos casos de empresários que abriram seus negócios sem um plano estratégico, simplesmente resolveram, assim, no impulso, na paixão. Você já deve ter ouvido aquela conversa de boêmio que quer abrir um bar, não é mesmo? Pois é, pode até dar certo. Mas há uma grande diferença entre sentar-se à mesa e servir a mesa.

Também encontrei aqueles que o negócio deu tão certo que começaram a nadar de braçada em um oceano para lá de azul. Até que apareceram tubarões bem certeiros que mudaram a cor do mar.

E aí? O que fazer?

Costumo dizer a meus clientes que, antes de um horizonte como esse se firmar, é melhor planejar. E com estratégia. Sim, dá trabalho, é complexo e pode não ser a coisa mais prazerosa de se fazer. Mas, lembre-se: lá na frente você vai agradecer por ter gastado um tempinho de seu ano, pensando em como alcançar o futuro desejado.

Com a chegada do mês de outubro, estamos batendo na porta do final do ano. Se você ainda não fez o seu planejamento para 2023, essa é a hora. Quer saber por quê? Então, continue lendo esse texto.

Planejar é para todos

Quando se pensa em planejamento estratégico, logo vem à cabeça uma grande empresa e seus zilhões de projetos para gerenciar. Sim, é verdade, uma grande empresa tem de fazer seu planejamento, e com estratégia, caso contrário está fadada a ficar para trás, perder market share e encolher.

Mas planejamento também é para empresa média, pequena e individual. Ou seja, de qualquer tamanho. Ah! E é também para o profissional autônomo ou assalariado. Assim como em uma empresa, planejar a carreira é fundamental para se alcançar longevidade e autonomia – mas isso será tema de outro artigo.

Gosto de usar um exemplo bem plausível de acontecer. Você está indo, com seu carro, para um bairro distante da área em que está acostumado a trafegar. Você não faz ideia de onde fica, se é seguro, ou não. Mas vai, na fé. Digita o endereço no GPS e parte para a “aventura”. Lá pelas tantas, o lugar começa a ficar estranho, meio desértico, sem alma viva nas ruas. E você começa a achar que entrou numa roubada. “Por que não olhei antes onde era. Será que havia um outro caminho?”, você se pergunta. Não bastando essa insegurança, você entra numa área de sombra, e a conexão cai.

Não preciso nem continuar, né? Já entendeu onde essa história vai dar…

Planejar é manter o retrovisor alinhado e o horizonte à vista

Pois é, quando a gente planeja, fica mais fácil prever determinadas situações, escolher o melhor caminho a seguir e o quanto de combustível é preciso ter para chegar lá. Um bom planejamento deve ser feito com base nas experiências do passado, mas também é preciso considerar o comportamento e tendências do mercado, além de conhecer e entender a concorrência.

No planejamento, as análises ajudam a construir cenários e, por isso, devem estar baseadas em dados. A primeira delas chama-se descritiva, que é quando procuramos olhar para a situação atual da empresa. A partir dessa base, vêm as outras: preditiva (futuro), diagnóstica (por que aconteceu?) e prescritiva (se acontecer).

Você deve estar se perguntando, agora: “Ah, então eu vou ter de gastar uma montanha de dinheiro com sistemas, softwares, consultores etc. Isso não é para mim”. É verdade que, se os recursos financeiros estiverem disponíveis, vale a pena investir em algumas ferramentas e em analistas que saibam interpretar esses dados. Mas, se a sua empresa ainda não chegou a esse patamar, saiba que há muitos recursos e informações gratuitos, ou de baixo custo, dados internos e até mesmo o bom e eficiente Google, para ajudar. Portanto, nada de usar essa desculpa, para não fazer o seu planejamento.

Planejar é provisionar os recursos para fazer a travessia

Se eu sei para onde quero ir, eu tenho de saber como eu posso chegar lá. O bom planejamento estabelece a provisão necessária para que esse trajeto seja percorrido, com segurança, eficiência – fazendo mais com menos –, e alcance de resultados.

Lembra das análises? Então, essa é a hora de usá-las. Você já sabe o que quer e do que precisa, mas não controla as variáveis externas, certo? Continuemos com o exemplo do carro. Ele pode quebrar, a gasolina pode aumentar e intempéries podem acontecer. Bom, como você fez a lição de casa, você se precaveu, reservando recursos e desenhando estratégias, para “se” qualquer dificuldade acontecesse.

Planejar é imaginar diferentes cenários

No entanto, sabemos que nada é assim tão cartesiano. Há intempéries e intempéries. Veja, por exemplo, o que houve com a pandemia de Covide-19. Ninguém saía de casa, nada de carro na rua. E como fazer, em um caso como esse, para chegar aonde eu preciso?

O mundo vem mudando de maneira muito acelerada. Estamos na era da nova economia e sem tecnologia não se chega a lugar nenhum. Hoje, podemos estar em qualquer lugar do mundo, em fração de segundos, basta usar a Internet e, em breve, o metaverso.

Essa foi uma lição que tiramos desse período pandêmico. Não precisamos nos deslocar o tempo todo, nem perder tanto tempo em trânsito, para resolvermos problemas, fazermos reuniões, comprarmos produtos e nos consultarmos com especialistas.

Mas isso não quer dizer que aquele carro não serve mais para nada. Entende? Continuo precisando dele, mas também de outros tipos de “veículos” que me ajudem a ir para onde preciso.

Lógico que uma pandemia desse naipe não estava no script de nenhum planejamento. No entanto, muitas empresas, que fizeram a sua lição de casa, inovaram, aproveitaram oportunidades e tiveram saúde financeira conseguiram passar por esse caos.

O planejamento confere mais agilidade na tomada de decisões, pois dá segurança, quando é necessário mudar de rota repentinamente. O fato é que não há como parar e olhar para frente, sem saber o que vai se encontrar. Pode ser um risco altíssimo.

Planejar é alinhar expectativas

Planejamento estratégico é a chave do sucesso de qualquer projeto, especialmente para uma corporação. Para alcançar patamares superiores, é preciso saber claramente para onde se deseja ir e como fazer isso.

Realmente não é elementar e demanda muita visão do negócio, além de conhecimento do setor em que se atua. Sua importância está diretamente ligada à garantia de valor e crescimento para a sua empresa. Definindo bem seus objetivos para curto, médio e longo prazos, você será guiado à direção certa, podendo, assim, utilizar a melhor rota, e viabilizar o alcance dos resultados esperados.

Dica: faça as suas análises, a partir dos seguintes pilares:

  • Objetivos
  • Recursos: humanos e financeiros
  • Cliente (customer centricity)
  • Dados – análise de riscos
  • Concorrência

Ao final, você deverá estar apto a responder as seguintes perguntas: (1) O que vou fazer?; (2) Por quê?; (3) Onde?; (4) Como?; (5) Com quanto?.

Consegue perceber? O planejamento estratégico possibilita que a empresa otimize tempo e recursos, identifique problemas e encontre soluções, além de colocar toda equipe alinhada no mesmo propósito.

Quer se destacar no mercado?

Para corporações e executivos, inovar pode não ser uma tarefa fácil. Por isso, há dez anos, fundei a Papilio Empresarial, uma empresa que vem apoiando organizações e profissionais em processos de transição, planejamento e implantação de novos conceitos corporativos.

Potencializados por uma rede de empreendedores parceiros, ajudamos empresas de todos os tamanhos – e profissionais – a encarar seus desafios estratégicos por meio de programas inovadores, que consideram o perfil da empresa e são aplicados de maneira customizada.

Quer saber mais sobre como funcionam esses programas? Faça contato comigo. Será um grande prazer poder contribuir para o sucesso de sua trajetória. Conte com a Papilio!

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